segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Cão- Guia


A parceria de um deficiente visual com seu guia é tão poderosa que multiplica a autoestima e em inúmeros casos, muda o destino do deficiente, dando-lhe mais confiança de encarar a vida e suas dificuldades, força para correr atrás de seus sonhos e lutar por sua liberdade. Muitos passam até a morar sozinhos, deixando para trás um passado de dependências e inseguranças.
Em virtude do seu rigoroso treinamento, os cães-guia estão habituados e capacitados a entrar e permanecer junto a seus donos em todos os tipos de estabelecimentos, tanto de saúde, como lojas, restaurantes, supermercados, cafeterias, cinemas, teatros, centros de estudo ou trabalho, etc. sem causar alterações no funciomento normal dos mesmos, nem incomodar os funcionários ou o público. Existem leis estaduais e federais que garantem esse acesso, sendo PUNIDOS aqueles que tentarem impedir ou dificultar a presença do cego com seu cão-guia. Pela lei, cães-guia têm o mesmo direito que seus donos de gozar de livre acesso a TODOS os locais públicos.
Mas saiba que a vida do cão-guia não é somente trabalho. Quando não está com a coleira especial, ele é tratado como um animal de estimação comum, tendo direito a todos os mimos e brincadeiras de qualquer pet.

Aqui estão algumas dicas de boas maneiras (deixe que eles mesmos vão lhe ensinar):
1) Sei que é tentador acariciar ou brincar com um cão-guia. Mas saiba que sou responsável por conduzir alguém que não pode ver, portanto NUNCA devo ser distraído, a segurança do meu dono depende da minha concentração. Quanto mais você me ignorar, melhor será para o meu dono e para mim;

2) Meu comportamento e trato são totalmente diferentes dos outros cães e devo ser respeitado em minha dupla função de guia e fiel companheiro do meu dono;

3) Por favor, não me toque nem me acaricie quando estiver trabalhando, ou seja, estiver usando a GUIA ESPECIAL. Se fizer isso, posso me distrair e eu jamais devo falhar;

4) Por favor, não buzine e nem me chame de seu carro para sinalizar quando é seguro atravessar, sei que sua intenção é ajudar, mas estará me confundindo e pondo a segurança de meu dono em risco. Ele depende de mim;

5) Por favor, não me ofereça alimentos. Meu dono já se encarrega disso com carinho. Estou bem alimentado, tenho horário certo para comer, além disso sou treinado para resistir a ofertas de alimentos;

6) Quando se dirigir a uma pessoa cega, acompanhada de um cão-guia como eu, fale diretamente com ela, e não comigo;

7) Se um cego com cão-guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, de maneira que eu fique à esquerda;

8) Meu dono então me ordenará que siga você, ou lhe pedirá que ofereça seu cotovelo esquerdo. Neste caso, usará uma senha para me indicar que estou temporariamente fora de serviço;

9) Se um cego com cão-guia lhe pedir indiçações de itinerário, explique claramente como deve dobrar ou seguir para chegar a um determinado local, por favor, tenha paciência com meu dono;

10) Não se antecipe e nem pegue o braço de um cego acompanhado de um cão-guia sem antes conversar. Muito menos TOQUE NA MINHA GUIA ESPECIAL, pois ela é só para uso exclusivo do cego que acompanho, meu dono e meu amigo;

11) Os cães-guia têm lugares e horários pré-determinados para fazer suas necessidades;

12) Eu, como cão-guia, estou habituado a viajar em todos os meios de transporte, acomodado aos pés do meu dono, sem atrapalhar os passageiros, tanto dentro ou fora do país;

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